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ADAUTO RIBEIRO REPÓRTER

Renan anuncia 14 investigados e diz que Bolsonaro poderá ser responsabilizado ao fim dos trabalhos



O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), anunciou nesta sexta-feira uma lista com 14 nomes de testemunhas que, agora, passam à condição de investigados pela comissão. A relação inclui o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o antecessor, Eduardo Pazuello, e Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Internacionais. Renan afirmou que o presidente Jair Bolsonaro, que não está na lista, poderá ser responsabilizado pela CPI ao final dos trabalhos.


— Essa é uma análise que estamos refletindo, ouvindo as pessoas. Se a CPI puder diretamente investigar o presidente, já que a vedação é para o não comparecimento (para prestar depoimento). Poderemos fazer perguntas por escrito, como em muitas circustâncias... Aparecendo fatos óbvios, a CPI vai ter que responsabilizar — disse o relator.


A lista de investigados por Renan tem Elcio Franco (ex-secretário executivo da Saúde); Arthur Weintraub (assessor especial da Presidência); Carlos Wizard (empresário); Fábio Wajngarten (ex´secretário de Comunicação); Franciele Francinato (coordenadora do Programa Nacional de Imunização); Hélio Angotti Neto (secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde); Marcellus Campêlo (ex-secretário de Saúde do Amazonas); Mayra Pinheiro (secretária de Gestão e Trabalho do Ministério da Saúde); Nise Yamaguchi (médica); Paolo Zanotto (médico) e Luciano Dias Azevedo (médico).


Osmar Terra na mira da CPI


Na condição de investigado, a CPI terá mais alternativas para recorrer a procedimentos processuais penais, como quebras de sigilos. A medida havia sido contestada na Justiça porque pessoas ouvidas pela CPI na condição de testemunha, que alegavam não ser investigadas. Na condição de investigadas, porém, essas pessoas poderão ter acesso a todas as informações disponíveis sobre elas em posse da CPI da Covid.


O relator Renan Calheiros informou que a lista poderá aumentar nos próximos dias. O GLOBO apurou que um dos nomes que serão incluídos na lista de investigados posteriormente é o do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania teria exercido forte influência no chamado "gabinete paralelo". Osmar Terra só não foi incluído na lista de Renan nesta sexta-feira por ainda não ter prestado depoimento.


 

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